Carniçal

O que Kurt via não parecia ser real. Não via diferença nenhuma entre Caty dos anjos de seus sonhos. Era mais linda do que costumava ser: ali, na sua frente, em sua forma de verdade.
Tinha cabelos tão loiros que pareciam reluzir em branco. Seus olhos, de um verde sobrenatural, pareciam mais profundos e transparentes que qualquer água virgem.


A cada centímetro que via de seu corpo, cada peça a menos, parecia tão alva e brilhante, mais bela do que nunca a vira nos últimos dias. Parecia até que não tivera decorado cada parte do seu corpo. Suas curvas estavam mais acentuadas, redondas e, por incrível que pareça, "humanamente sobrenaturais".
Não era mais uma menina, mas até suas imperfeições faziam Kurt adorá-la mais, acentadas pela beleza emanada de sua pele de Arcadiana.
Kurt apenas contemplava, ardendo em vontade de apertar contra si aquele corpo nu. Só lembrou de tirar sua roupa quando a viu se aproximando.
- Eu tiro, Kurt. Eu tiro.

Ela o deitou na cama, lentamente, fitando seus límpidos olhos verdes nos azuis e sedentos dele. Sorria como uma menina, enquanto levantava sua blusa, tirava seu cinto e calça...
Dominou-o, deitando-se sobre ele - os dois cobertos apenas pela luz da lua que entrava pela fresta da janela. Seu membro sobre a junção de suas coxas, suas mãos apertando sua cintura. Caterine tocava seu corpo, arrepiado. Beijava sua pele: cada tatuagem, cada marca de seus anos. Kurt gemia com o pequeno movimento que deslocava suas pernas, com o transpassar de suas unhas em sua pele.
Seu beijo era molhado e doce, como sempre. Mas agora sedento. Parecia não querer deixá-lo sair ao segurar sua cabeça com as duas mãos. Kurt permitiu-se ser dominado por aquele ser de luz.

E foi surpreendido com uma dor no pescoço. Seu grito não se prolongou: sentia a dor de dentes afiados entrando em seu pescoço, furando e queimando sua pele. Mas ao mesmo tempo sentia seu fluido saindo de si e deixando-o quase imóvel. A cada pulsar daquela mordida, sentia um prazer que nunca pensara sentir antes! Seu corpo todo tremia de prazer, como num orgasmo constante. Não estava tão velho, mas os anos deixam marcas: marcas que não haviam ali, com o seu membro pulsando tão forte e vivo como há anos não sentia. Entendera, de fato, o porquê de prendê-lo tão firmemente: queria sugar sua paixão até o máximo que o desejo poderia dá-los.


Kurt conseguiu força para levantá-la sobre ela e entrar em suas pernas. Ela gemia enquanto tirava suas presas de seu pescoço e lambia-o. Caty cortou seus lábios e o beijou. Kurt entendera o recado: beijou-a, sugou-a, apertou-a. O gosto adocicado se misturava ao prazer espalhado por todo o corpo. Ela cortava-se no pescoço, seios, entre as pernas,... Sentia seu poder vindo a ele. Kurt sugava e Caty gritava de modo que parecia nunca ter sentido tal prazer.
- EU TE AMO! - Ela dizia, chorando.
Moviam-se, como numa dança igual, entrando, trocando sangue. Enquanto passavam-se as horas sem perceber e a noite ia embora.
Caterine estava tão exausta que dormiu quando o sol se apontava alto. Era tempo de descanso para ela, uma Arcadiana. Kurt apenas amparou-a em seus braços, observando seu sono. Não queria que ninguém dissesse a ela que, por ser vampira, não era divina. Era seu anjo, seu bálsamo, sua salvação.
- Eu te amo. Deus, como eu te amo... - Disse Kurt, cobrindo-a sobre ele.

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